A Volta do Corumbá
No sertão do Paraná um amigo me mandou
Uma carta emocionate que o meu coração cortou
Relembrando a triste história que nas matas se passou
Da jovem paranaense que enlouqueceu por amor
Tive dó da Madalena, triste sorte acompanhou
Por causa de um namorado, vejam o quanto ela penou
Ela era moça nova bonita que nem uma flor
Tava noiva pra casar mas a sorte não ajudou
Seu noivo foi muito ingrato foi um grande traidor
Iludiu a pobre moça e depois abandonou
Nesse dia ficou triste com ninguém mais conversou
Em dar fim na sua vida foi o que ela pensou
Chorando sem ter consolo pela mata ela entrou
Um revolver carregado consigo ela levou
Pensando em suicidar mas sua coragem faltou
Quando quis voltar pra trás o seu caminho não achou
Perdida na mata escura seu sofrimento dobrou
Passando fome e se de sua vida se acabou
O cachorro Corumbá, seu amigo defensor
Daquelas fera bravia Madalena ele salvou
Depois que ela morreu pra sua casa ele voltou
Chegando lá no terreiro muito triste ele uivou
Parece que naquele uivado o seu dono ele chamou
E dali voltou pro mato e o povo acompanhou
Bem no pé de uma figueira aonde o Corumbá parou
Encontraram Madalena onde os índio sepultou
Corumbá deu um uivado que o sertão silenciou
Foi um momento tão triste não teve quem não chorou
Pai e mãe de Madalena nunca mais se conformou
Por perder a sua fiha que o destino carregou