Fechar os olhos p'ra não ver

Chullage / Hugo Espírito Santo

Milhões de mãos estendidas em direção aos poderosos que acumulam o capital
Cujo uma pequena percentagem acabaria com a fome mundial
Na terra natal
Duma só raça, mas de várias culturas e não apenas a ocidental
Terceiro mundo em colapso e toda a gente encolhe os ombros
Desviando as culpas deste lapso
Ignorando tanta catástrofe e acontecimentos sinistros
Com ajuda de muitos ministros
Presidentes, empresários, reis
Diamante, petróleo, ouro, armas, drogas ditam leis
Intolerância
Ganância
Mancha todas essas leis
Criminalidade não é só no turno da meia-noite às seis
Prostituição não é só nas ruas, bares, pensões, motéis
Parlamentos são autênticos gangs, cartéis, bordéis
Onde governos roubam e vendem o seu povo assinando tratados, decretos-leis
E outros papéis
Atirando o povo pra guerra sem saber qual o seu desejo
Tal e qual a imoral moralidade do Vaticano e seus fiéis
Quando pilharam povos atrás de muito mais que meros infiéis
Fundamentalismo cristão enriquece terroristas cruéis
E enquanto o sangue inocente se derrama
O presidente e a primeira-dama circulam pelo passeio da fama
Com ouro nos seus anéis, diamante nos seus colares, pele no vestuário, seda na cama
Veículos topo de gama movidos pelo petróleo que tem o país dos outros em chamas
Se isto não é terrorismo conta-me como é que lhe chamas

Será que vais continuar a fechar os olhos
Pra não ver que vais voltar as costas fingindo não saber
Saber
Que tanta gente sofre à tua volta
Será que não te cria nem um pingo de revolta saber
Que tanta gente sofre sem o pão
Será que não te cria nem um pingo de compaixão

Peoples só querem andar na moda
Ter paka' pra entrar na boda
Pôr a cabeça a andar à roda
Sair de lá com alguém que vão cagar depois de dar uma grande foda
Foda-se ninguém se incomoda
Com os químicos deitados no mar, no sol, na atmosfera
Com as espécies animais, vegetais que o homem dilacera
Só porque o homem não modera
Na ciência e tecnologia que qualquer dia também nós supera
Com tanta fome e tanta doença que nesta terra prolífera
Que com a guerra só prolífera
Com aquele que mata milhões e a sua conta prospera
Com tanto racismo, discriminação que o mundo tolera
Com toda a merda que vai no mundo e ninguém inúmera
World Trade Center, 11 de setembro é a lição que ninguém estava à espera
Tenham sido islâmicos ou não
O ocidente desespera
Ganha justificação
E agora é ele que impera
Imperialismo americano de tudo se apodera
Coisa que até hoje quisera
Fizera
Mas não pudera
E hoje é terrorista todo aquele que Allah venera
Do Cristianismo ao Islão
Duma bíblia ao alcorão
Fabrica-se a ignorância sempre que há má interpretação
Por isso que se foda a religião
Porque só fomenta a divisão
Racismo é invenção da falta de visão do povo cristão
Os poderosos cometem os erros e é sempre o povo que sofre
Pagando sangue, lágrimas e suor pra esses filhos da puta encherem o cofre
Pra terem BM’s e aviões
Deslocarem-se a reuniões
E definir as prioridades desses assassinos e ladrões
Todos dillons

Não há ética, moral o único valor é a moeda
Os outros valores estão todos em queda
Expansão capitalista coloniza e não arreda
Pés, caças, submarinos, tanques, porta-aviões
Colocados em terra alheia pra assegurar os seus milhões
E subjugar a restante cultura
Economia fode com a democracia e dão à luz uma ditadura
Política é investimento lucrativo a curto prazo
Que se foda se o país está com atraso
Eles querem a paka' no palácio
Sentados à secretária com a secretária adiantando trabalho com um felácio
Tudo na vida é um negócio
A política, a ciência, a educação, a justiça, a saúde, a guerra, o casamento, a amizade, até o sacerdócio
Quem está ao lado nunca é um companheiro, é um sócio
É tudo uma questão de paka' não há direito nem garantia
Só a obrigação de consumir a liberdade que se esconde por trás da tirania
De quem por trás das câmaras todos os dias nos vigia
Não pela nossa segurança, mas pelos bens e valores dos senhores
Que quando policiam, o mundo só combatem certos opressores
Que nas zonas comerciais perseguem sempre as mesmas cores
Que se foda o dinheiro do Ocidente
América Latina, África, Ásia e Médio Oriente
São um involuntário concorrente num Big Brother onde todos os residentes
São espiados, usados, explorados, gozados, pelos demais mirones
Que se fodam câmaras, microfones
Satélites, escutas de telefones
Militares e babillones
É tudo population control, tudo opressão do ser
Será que vais continuar a fechar os olhos pra não ver

Curiosità sulla canzone Fechar os olhos p'ra não ver di Chullage

Quando è stata rilasciata la canzone “Fechar os olhos p'ra não ver” di Chullage?
La canzone Fechar os olhos p'ra não ver è stata rilasciata nel 2004, nell’album “Rapensar”.
Chi ha composto la canzone “Fechar os olhos p'ra não ver” di di Chullage?
La canzone “Fechar os olhos p'ra não ver” di di Chullage è stata composta da Chullage e Hugo Espírito Santo.

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