Duvido Não Passar
Fiz uma marca retovada e galponeira
Uma flor duma vaneira que dá gosto de cantar
De “meia nota“, com sotaque de fronteira
Pra ficar a vida inteira mundo a fora ressonar
É uma vaneira que parece dar “cutuco”
Canta flor e canta truco, “iurrurrú” e “iarrarrá”
Neste entreveiro, qualquer um fica “entertido”
Boto “dois real envido” que eu duvido não passar
E não tem nada, nem de baile de ramada
De tasca da siá filoca, nem de cheiro de galpão
Essa vaneira que arrepia a gauchada
Se não passa nessa feita, vou tocá lá no Faustão!
É um baita troço, melodia bem grudenta
E uma letra pacholante, bem boa pra festival
Se não gostarem, entrego pro rei roberto
Que aí tá mais que certo o sucesso internacional
Já era boa quando fiz com duas notas
Mas “chamei” na diminuta pra complicar a harmonia
Ficou baldosa que nem quer chegar ao fim
Acho até que o Ivan Lins vai querer a parceria
Não vejo como não passar essa vaneira
São três votos confirmados, não tem nada mais bagual
No fim do ano, duvido que eu não me mude
“Criá” ovelha em Hollywood com os “direito autoral”