Favela Tekoa
Da licença aqui mirindhu
Meu irmão
Unirao nossos povos
Na vacilação forte opressão
Covardes mandadao não respeita o próximo por ambição
520 de história
Mas é a mesma história
Enquanto eles ri
Nosso povo que chora
Meno tá sendo forjado
Inflando o bolso do estado
É um comedia sem futuro
Sendo idolatrado
O coro tá comendo
A bala tá voando
Olha a cor da pele
Dessa mãe chorando
Um homem negro ao chão
Um louco forçando o joelho em seu pescoço câmeras registram mais 1 negro morto
Mirindju Glowers
A vida nunca foi fácil.
muita maldade e covardia
Só pra dar o toque meu parceiro
Antes da invasão
Nossos antepassados
já estavam aqui primeiro.
viviam em paz e em harmonia
Negros trazidos
no pindorama
em caravelas
Indígenas e negros
escravizados torturados
Nossos jardins ancestrais por toda parte
sendo incendiados
Juruá kuery ojuka ka aguy (o não indígena matou a floresta) e faz pasto pra gado que vai ser exportado
E quem cuida da mãe terra
morre de fome ou queimado
A doença veio em 1500.
E então 40mil anos de existência
520 anos de resistência até hoje o bicho tá pegando.
Mas nunca jamais desanimar.
Ymã favela en yn re tekoá quilombaque
(Antigamente, antes da favela era aldeia e quilombaque)
Nhande i wa eguery onheanga reko
kambá wa e Kuery re ombo ekowiá há wi ywyra ra yin gué jupé.
(Indígenas cuidaram dos negros e trocaram sementes de árvores)