Dívidas
Enquanto você deita na calçada
Eu tô do outro lado da cidade
Ignorando minha febre e vaidade
Só pra te dizer o que eu escrevi num guardanapo
Que está prestes a rasgar
E sobretudo eu sobrevoo o baixo clero, novidade
Fortaleza nem parece estar a sombra da maldade
Quanto carro buzinando, quanta puta nas esquinas
Quanto gringo rebolando pra ganhar nossas meninas
Revivendo a mesma história de 10 anos atrás
Quando eu saia de casa em busca de paz
E voltava com os bolsos cheios de dívidas a pagar
E quanta gente de mentira, sem papel pra encenar
Bonitinha e ordinária que não para de tentar
Acender a minha vocação pra perder a razão
O rock 'n' roll está perdido e não sou eu que vou achar
Eu vendi a minha alma e tô esperando alguém pagar
Perdão policial se ser feliz agora é ilegal
Segredos são retratos desfocados
Boatos são recados mal contados
Natasha não tem mais 17 anos
E o mundo não para pra gente descer
Sentada sozinha no fim da festa
Um rosto mal pintado é o que resta
Natasha não tem mais 17 anos
E o mundo não para pra gente descer
Revivendo a mesma história de 10 anos atrás
Quando eu saia de casa em busca de paz
E voltava com os bolsos cheios de dívidas pra pagar