Voz da Boemia
É alta noite eu vago pela rua
Sem ter vontade de voltar para o meu lar
Daqui a pouco brilhará a luz da Lua
E as mariposas virão me procurar
Elas não sabem que o dinheiro que eu tinha
Por causa delas pouco a pouco se acabou
Eu reconheço que a culpa é toda minha
Por maltratar a mulher que me amou
Eu me esquecendo que ela era minha esposa
Abandonei-a pra seguir a boemia
Pra se manter ela tornou-se mariposa
E aos boêmios como eu faz companhia
E hoje eu vivo remoendo a minha mágoa
Dos meus tormentos a ninguém posso culpar
Em alta noite com os olhos rasos d’água
Outros boêmios vejo os seus lábios beijar
Agora ela não se importa mais comigo
Seu coração pela dor foi transformado
Quero voltar, porém para o meu castigo
Ela só ama hoje as noites de pecado
E quando a Lua no horizonte se decai
E os meus prantos se refletem ao luar
Ouço uma voz que me chama e me atrai
É a boemia que não quer me abandonar