A Rota do Indíviduo
Mera luz que invade
A tarde cinzenta
E algumas folhas
Deitam sobre a estrada
O frio é o agasalho
Que esquenta
O coração gelado
Quando venta
Movendo
A água abandonada
Restos de sonhos
Sobre um novo dia
Amores nos vagões
Vagões nos trilhos
Parece que quem parte
É a ferrovia
Que mesmo não te vendo
Te vigia
Como mãe, como mãe
Que dorme
Olhando os filhos
Com os olhos na estrada
E no mistério solitário
Da penugem
Vê-se a vida correndo
Parada
Como se não
Existisse chegada
na tarde distante
Ferrugem ou nada