Senzala

Butch

A senzala só mudou de nome, meu amor / E nossos problemas viraram vitrine

Vai pro nordeste, pra luta que pariu / todo o seu conforto, a manta do seu frio

E pro´s sonhadores só sobrou o papel / de vilão malvado, corpo sem destino

Negro só entra na casa do rico / dentro de um disco; fabricantes de sorriso

Publicidade pra aristostocracia / migalhas temperadas pra classe mais aflita

Budas e mantras na vida dela / costumes burgueses não entram na favela

Nesse lanche tem sangue, essa luta é punk / distopia do pobre é a chance do burguês

Na Oscar Freire, limpando o tapete ninguém vê

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