Madjú-ã
No rebojo do rio
Espumava a fúria de Madjú-ã
Cobra do mal que rondava o perau
Dizimando as vidas do clã
Almas indefesas eram sepultadas
No ventre da grande serpente
Mas subitamente surgiu o valente pajé
Da nação Urubús-kaapó
Urubús-kaapó, Urubús-kaapó
Lutando nas águas profundas
Contra o poder da boiúna
E o bravo guerreio devorado inteiro
Sua vingança começou
Achou dez corações e cortou dez maracapás
Livrou-se da fera correu pela mata
Mas não resistiu morreu na ocara
Cansado da batalha travada no rio
Mais foi ressuscitado
Na magia de outro xamã
Madjú-ã agonizando deixou
Sua sombra na imensidão
Madjú-ã despencou sobre o chão
Formando um mar de águas abissais
E do sangue da fera surgiram
As cores belas dos animais
Madjú-ã agonizando deixou
Sua sombra na imensidão
Madjú-ã despencou sobre o chão
Formando um mar de águas abissais
E do sangue da fera surgiram
As cores belas dos animais