Tempo de Ungir
Clareou
Veio a fúria do trovão
É tupã, é tupã, é tupã
Aha ! Aha !
O Deus do universo bradou
Silêncio na mata se ouviu
Risca na terra um facho de luz
Estrelas explodem no ar
É o pajé, carajá
É o pajé, sateré
É o pajé
Que tupã resolveu consagrar
É o pajé, uaimiri
É o pajé, caiapó
É o pajé
Proteção pro meu povo lutar
Guerreiro da cara pintada
Feiticeiro da cura sagrada
É tempo de ungir
Espelho de luz e magia
E o cajado da feitiçaria
Pro medo fugir
Espíritos vagam no tempo
Calados no seio da dor
Mistérios se espalham ao vento
É a força do rei-benzedor
Pajé, u, o, o, o
Pajé, pajé
Pajé, pajé
Pajé
Chegou
Orou