Aguardente

Só porque eu cheguei tarde
A nega zangou comigo
me chamou de atrevido
Armou uma tempestade
Num corpo de aguardente
Disse que eu me afoguei
Só porque eu sorridente
No meio da noite cheguei
E de castigo
Queria que eu fosse
Sozinho dormir no sofá
E te mandou cavalgar
No cavalinho do bar
Me expulsou do barraco no morro
te ofertou a casa do cachorro
e me deixou no sereno
da noite ao sabor do luar
Refrão
E de castigo
bebida em casa agora é só guaraná
Nunca te deixa sair
Se saio não posso entrar
Não adianta que o pau vai quebrar
Não adianta se arrepender
Eu vou voltar pro pagode
E o couro vai comer
Refrão

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