Salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Plantei um pé de salgueiro lá na barranca do rio
Cresceu guapiando as tormentas, vem darás caulezinho
Criou raízes no pampa e seus galhos compungidos
Foram sombras dos tropeiros, marcos de rumos perdidos
Um dia deixei o pampa ara buscar novas fontes
Deixei meu salso solito, me perdi nos horizontes
Pelegueado pela vida, voltei de rédeas no chão
E fui campear minhas mágoas ao pé do salso chorão
E fui campear minhas mágoas ao pé do salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Chorei a infância querida reculutando lembranças
E o salso chorou comigo como fazia em criança
Milhões de vozes do pampa, cantavam um canto de ausência
Encostei meu rosto ao chão, acarinhando a querência
Manguei a fogo as tristezas, refuguei a solidão
Apartei lembranças tristes, finquei os joelhos no chão
Sequei o pranto dos olhos, marejados de emoção
E cantei minha saudade ao pé do salso chorão
E cantei minha saudade o pé do salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Moleque serelepe, por favor, não trepe
Neste meu salso chorão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão
Ele chora as minhas mágoas no inverno
E me dá sombra no verão