Fandango do Pedro Manco
Ainda me lembro de uma alegre domingueira
Na casa do Pedro Manco lá pras bandas do Forquilha
Que festa linda e que grande animação
Gaiteiro dedo leve só tocava vanerão
Levei comigo um tal de Zeca Brabo
Conhecido boi corneta só de morte tinha sete
Qual foi chegando lá na porta do galpão
Alguém teve o topete de fazer provocação
E lá no meio de uma penca de gaúcho
Alguém gritou sem fazer luxo
-Com esses dois vai ter encrenca
Eu fui criado sem ter mimo e quase guaxo
Não agüento goela abaixo, desaforo e nem repuxo
Foi suficiente meia troca de elogio
Tava formado em grande lívio Zeca Brabo bem no meio
Eu que não deixo companheiro empenhado
Já me vi entreverado peleando bem pareio
E dei de prancha e dei de bico e dei de taio
Zeca Brabo era um raio atropelando meio mundo
E foi assim quando o entrevero tava lindo
Uma veia me gritou-Os brigatianos já vem vindo
Foi tal e qual uma raposa em galinheiro
Teve fim o bate-fundo se estraviaram os companheiro