A Flor de Lampião

Bédi Figueiredo

Me arresponda, Virgulino, mas pra quê tanta desgraça.
Se aquiete, Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.

Lampião rei do cangaço, perigoso e matador, tão temido e procurado ele nunca
se entregou.
Terra seca do sertão regada de sangue e dor, terra seca do sertão regada de
sangue e dor.

Gente morta pelo chão, causada por Lampião, Acauã cantava a morte espalhada no sertão.
Uma fera raivosa chamada de Lampião, uma fera raivosa chamada de Lampião.

Me arresponda, Virgulino, mas pra quê tanta desgraça.
Se aquiete, Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.

No sangue daquele chão, nasce a flor de Lampião, era Maria Bonita flor mais linda
do sertão.
O sertão se acalmou, Lampião conhece o amor, o sertão se acalmou, Lampião conhece o amor.

Foi na terra do condor que o sertão testemunhou o seu rei feito de aço de
joelhos para a flor.
Foi aí, então que a escrita dessa história mudou, uma fera raivosa se entregava para a flor.
Foi aí, então que a escrita dessa história mudou, uma fera raivosa se entregava para a flor.

Me arresponda, Virgulino, mas pra quê tanta desgraça.
Se aquiete, Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.
Se aquiete ,Lampião, nos braços dessa mulata.

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