Muleque
Esquece a tarde, agora é tarde
Fim de tarde, fim da linha
E o muleque toma a condição
Cria a condição, cria a condição
De ser o que quiser
Do outro lado o comboio aperta o passo, segue o rumo
E os traços assustados dão a direção
Cerra as mãos, cerra as mãos
Um nó pra perder a razão
Pulso na contramão avenida
Cachaça cabeça vazia
Muleque sorrateiro
Na fachada da contradição
Malabaris, sinal, panfleteiro
Carroça de lata amassada
Papel derradeiro
Arriscando o suor verdadeiro
Conforme a moldura,
Conforme o preço e a opção
Um berço de teto de barro
Endereço de ferro lacrado