Manel
Pálido de medo, já com a faca na garganta
O Manel nem respirava
Pálido de medo, já com a faca na garganta
O Manel nem respirava
O outro, louco como estava, enrolado numa manta
Deu pelo o nome de Alfredo
No meio da rua um velho canta um segredo
Mas o Manel não o escutava
No meio da rua um velho canta um segredo
Mas o Manel não o escutava
O céu, mercúrio como estava
Luz e brilha e encanta e também já não era cedo
O senhor da faca branca cortou-lhe a ponta do dedo
A ver se o Manel acordava
O senhor da faca branca cortou-lhe a ponta do dedo
A ver se o Manel acordava
E este arranca triste e ledo, lá do fundo da sua alma
É hoje que eu me vou à fava