Declaração de Paz (Vampiros)
Atenção, atenção, atenção
Música de Intervenção Rápida com o mano Azagaia
Declaração de paz pra todos os trabalhadores
E trabalhadoras de Moçambique!
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Tu pensas o quê?
Que as armas vão garantir a paz?
Quando as balas são disparadas já não voltam para trás
É o pais que vai para atrás
E quando os VIPs vão para frente
Pergunta se nesta guerra estão os filhos do presidente
Aos filhos do general, aos filhos dum dirigente
Quem morre nesta guerra
São os filhos dos sem patentes
Os filhos dos sem parede, dos condomínio da cidades
Filhos dos antigo combatente
Não são visto em combates
Até quando os inocentes vão morrer pelos cobardes?
Sentados nos gabinetes, a ordenar mais ataques
Até quando tu e eu vamos deixar que os vampiros
Sugam o nosso sangue para alimentar esse vírus?
Essa sede de poder que só se mata com tiros
Mais dezesseis anos nosso sangue vão abrir rios
Até quando vamos pensar que vampiros
Recusam sangue?
Esquecemos que estes bichos
Não vivem do próprio sangue
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Estão convocados para a grave todos os funcionários de estado
Paralisem o comércio, mandem fechar os mercados
Fechem todas as fronteiras, desativem as alfandegas
Ferroportuários desliguem essas maquinas, abandonem os escritórios
Interrompem os campeonatos
Noçambicanos estão a morrer longe dos relvados
Os camponeses já estão em grave, fugiram das aldeias
Alunos estão em grave, fugiram da carteiras
Quanta gente vai fugir até paralisarem o pais?
Toda gente sabe que a Guerra vai paralisar o pais
Paremos o país agora, antes que morra mais civis
Sem o aparelho do estado o que o governo diz?
O que custa a massaroca dar uns grãos a perdiz?
Até o galo esta com fome, tem razão quando exige
Um país para todos, de todos ou de ninguém?
É tudo para todos ou nada pra ninguém?
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Olha, os sanguessugas vão atacar de novo
Os filhos da puta vivem do sangue do povo
Vampiros
Os vampiros
Olha, os sanguessugas vão atacar de novo
Os filhos da puta vivem do sangue do povo
Vampiros
Os vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Tu não vez
Não querem saber de ti, não querem saber de mim
Vampiros
Os vampiros
Eu sou carvão
E tu arrancas brutalmente do chão
E fazes da tua vida patrão
Eu sou carvão
E tu acendes, meu patrão
Para te servir eternamente como força motriz
Mas eternamente não, patrão
Eu sou carvão
E tenho que arder sim
Queimar tudo com a força da minha combustão
Eu sou carvão
Tenho que arder na exploração
Arder até as cinzas da maldição
Arder vivo como alcatrão, meu irmão
Até não ser mais a tua mina, patrão
Eu sou carvão
Tenho que arder
Arder tudo com o fogo da minha combustão
Sim, eu sou teu carvão, patrão
José Craveirinha, feliz primeiro de Maio
Declaração de Paz