Tarde crua

Totonho Villeroy

Era fria tarde gente ia e vinha
Algo me dizia fique em prontidão
Não sei se sonhava mas era tudo muito cru
Mais claro que a realidade e eu me sentia nu
A nave estava pronta prá partir
Da sacada eu avistava os aviões
Um velho índio cachimbava por ali
E apontava os delirantes nos salões
Pessoas pouco saudáveis mas um tanto elegantes
Eu lembrei da velha história do elefante branco
De que servem aquelas pernas nas meias ligantes
A compensar uns olhos cheios de cimento e pranto
- E que olhos tão gritantes!
Não sei se eles procuram a alma irmã
Talvez pertençam a outro livro ou tempo ou chão
Sem herói sem lei sem uma vida sã
E a cada instante com mais um desejo vão
Eu me perguntava sobre o que era o belo e a verdade
Vendo leiloar-se um falso anel de camelô
E vivi as grandes dores daquela cidade
Gente sem ter onde ir e eu prá onde vou
Vou...
Não sei se é a chave da questão
Mas senti um leve cheiro de hortelã
E enquanto as naves turbinavam combustão
O índio fez um rito curandeiro com seu clã

Curiosità sulla canzone Tarde crua di Antonio Villeroy

Chi ha composto la canzone “Tarde crua” di di Antonio Villeroy?
La canzone “Tarde crua” di di Antonio Villeroy è stata composta da Totonho Villeroy.

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