Colapso
Eu e eu
Mirando o horizonte
Mantendo o fôlego
Não há desmonte
Eu e eu
Mirando o horizonte
Unidos não há quem
Nos confronte
A memória ofuscou os maus tratos
Pactos invisíveis
Inimigos no estado
Vieram os profetas para ministrar os fatos
Caíram os bandeides,
E esparadrapos
As feridas abertas
Agora em contato
Uma resposta concreta
Para todo mau trato
Então,
Pague o preço alto
Pela indiferença
Sustenta
Essa perversidade
Ingênua
Colha os louros da falsa vitória
Que argumenta.
Por suas escolhas
Esquemas,
Só lamento.
Recolha-se em seu
Imperial aposento
Enquanto me jogo
Em queda livre
Pelo firmamento
Evitando o choque
A pressão
Fujo da colisão
Do colapso em questão
Pelo caminho do meio
Por convicção
Deixo as peças para jogar
Com os camaradas lambões
Vacilões
Almas vendidas por cifrões
Contra isso por passar toda
Vida parindo refrãos
Parindo refrãos...
Eu e eu
Mirando o horizonte
Mantendo o fôlego
Não há desmonte
Eu e eu
Mirando o horizonte
Unidos não há quem
Nos confronte
Me apresento dacal
Testemunha ocular
Da ficção vivida
Arranco mascaras
Cimentadas
De puncake e pourpurina
Identifico,
Escravos e escravas da idéia
Da festa,
Da platéia.
Acorrentados na tela,
Congelados na cela,
Clientela da vaidade,
Toma um trago,
Adocica o amargo
Para não sentir o estrago
Solução forte na pressão,
Atestado.
Insana sanidade,
Dados da realidade
Absorve,
Mostre e devolve
O que nunca nos deu
A esperança e fé
Que plantou e prometeu.
Cadê?
Mas uma pegada
Deflagra
Paraíso fiscal,
Tropical,
Deflagra.
Na impunidade diária,
Batalha armada..
Eu e eu
Mirando o horizonte
Mantendo o fôlego
Não há desmonte
Eu e eu
Mirando o horizonte
Unidos não há quem
Nos confronte
Então vai,
Achando o que faz bonito
Estampa seu sorriso
Pro dentista
Capa de revista
E faz,
Pose pro clique
Com um drink
Um brinde aos inimigos
E inimigas ao seu lado.
Sempre a postos
Bato em retirada
Na missão "vazari"
Abro mão do posto
Escolha sua posição
Na nave
Exploro,
De onde venho,
Para onde vou
Dos mistérios da terra
Aos campos do senhor
Eu e eu
Mirando o horizonte
Mantendo o fôlego
Não há desmonte
Eu e eu
Mirando o horizonte
Unidos não há quem
Nos confronte