Paralelas
[Letra de "Paralelas" com Ana Cañas]
Dentro do carro, sobre o trevo a cem por hora
Oh meu amor só tens agora os carinhos do motor
E no escritório em que eu trabalho e fico rico
Quanto mais eu multiplico diminui o meu amor
Em cada luz de mercúrio vejo a luz do teu olhar
Passo as praças, viadutos
Nem te lembras de voltar
De voltar, de voltar
No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana, essa semana, o mar, sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão
E as paralelas dos pneus n'água das ruas
São duas estradas nuas em que foges do que é teu
No apartamento, oitavo andar
Abro a vidraça e grito
Grito quando o carro passa: teu infinito sou eu
Sou eu
Sou eu
Sou eu
No corcovado quem abre os braços sou eu
Copacabana esta semana, o mar sou eu
Como é perversa a juventude do meu coração
Que só entende o que é cruel, o que é paixão