A Bacalhau
[Letra de "A Bacalhau"]
[Estrofe 1]
Dizem que ele há mil maneiras de cozinhar bacalhau
E que só há mais Marias que Anas em Portugal
Mas se eu, Ana Sofia Bacalhau na certidão
E desde esse belo dia, sou eu, faço questão
[Estrofe 2]
Quando eu era pequenina, muitos achavam bizarro
Bacalhau de sobrenome tornou-me num bicho raro
E a mim, que era gorducha, com este jeito engraçado
Dava muito conteúdo
P'ra piadas de miúdo e cochicho para o lado
[Pré-Refrão 1]
Foi com isso que aprendi que há sempre alguém no desdém
Se não gostas de ti, não há de gostar ninguém
Desde então que decidi vender o meu peixe bem
Ter orgulho no BI
Valer-me do meu QI e da minha voz também
[Refrão]
Ana é nome comum, mas é o meu nome próprio
E, como é próprio de mim, não podia ser tão sóbrio
Um bacalhau no fim, tenho peixe por homónimo
Fica tão bem assim que parece um pseudónimo
[Estrofe 3]
Sou Ana p'ra toda a gente e Ana só para o meu pai
Sofia só lá em casa no colo da minha mãe
Bacalhau só p'ra os amigos, colegas de muita farra
Desde o liceu de Benfica
Há letras com as amigas quando tocava a guitarra
[Pré-Refrão 2]
Sei que Ana é pequenino e mais condiz com a sardinha
Com certeza que essa brasa tem de ser puxada à minha
Pois toda a gente diz que assim se quer a mulher
Sou dona do meu nariz
E, como quero ser feliz, escolho o peixe qu'eu quiser
[Refrão]
Ana é nome comum, mas é o meu nome próprio
E, como é próprio de mim, não podia ser tão sóbrio
Um bacalhau no fim, tenho peixe por homónimo
Fica tão bem assim que parece um pseudónimo
[Instrumental]
[Estrofe 4]
Já vos disse que sou Ana e que o meu nome é cá da terra
Porque lá, na Noruega, neva mais do que na serra
Se já disse, então repito: isto não é nome artístico
O epíteto é bonito
E de nome de registo passou a nome de guerra
[Refrão]
Ana é nome comum, mas é o meu nome próprio
E, como é próprio de mim, não podia ser tão sóbrio
Um bacalhau no fim, tenho peixe por homónimo
Fica tão bem assim que parece um pseudónimo