Serenata A Lisboa
Meia azul e bota alta
A reinar com toda a malta
É o rei das traquitanas
O timpanas
O pinóia na boleia
De chapéu a Patuleia
Faz juntar o mulherio
No Rossio
Quando levo as bailarinas
Do teatro ao Lumiar
Bailo eu e baila a Sé
E as pilecas a bailar
No bolieiro de Lisboa
Não é lá qualquer pessoa
Que as pilecas dão nas vistas
São fadistas
São cavalos de alta escola
O das varas toca viola
Que o da sela que é malhado
Bate o fado
Quando bato prás marmotas
Roda acima, roda abaixo
Eu dou vinho aos meus cavalos
Mas sou eu que vou borracho
Já andei por tanta espera
Já levei tanto boléu
Já conheço tantos bois
Que lhes tiro meu chapéu