O Trem da Saudade
O suor idealista,
Tem mais sabor de conquista
Se um destemido estadista
É embuído do bem
O coração não se cansa
Pela carga de esperança
Um dia tudo ele alcança
E faz bem, sem ver a quem
Estusiasmado trabalha,
Jamais atira a toalha
Com garra vence a batalha
Sem exigir um vintém
Entumecida de glória
Toda nobreza da história
Sempre estará na memória,
Com a saudade do trem.
O mesmo trem da saudade,
Carregado de verdade
Vai partindo sem vaidade,
Parecendo centopéia
Levando sem deixar trauma,
Ovacionado com palmas
Toda pureza da alma,
Do criador desta idéia
Todos cheios de emoções,
Vão deslizando os vagões
Eternizando as ações,
Escritas em epopéia
O sonoro mastodonte,
Transitando pela ponte
Vai sumindo no horizonte,
Dando adeus a rubinéia
Em cada um dos dormentes
Tem um sonho de vicente
Causando orgulho na gente
Pela postura e conduta
O grande vicente emílio
Passa o bastão para os filhos
Que caminharão nos trilhos
Sequênciando esta luta
Cada dormente ou tijôlo,
Estará nosso consôlo
Vicente emilio vuôlo,
Autoridade impoluta
Viajou no grande expresso,
Com a força do progresso
La na curva do sucesso
Um apito se escuta
Na cabeça inteligência,
No coração paciência
No proceder previdência,
No todo ... sabedoria
Na luta patriotismo,
Em seu chão muito civismo
Nos olhos o idealismo,
No gesto diplomacia
O nosso grande arquiteto,
Sem desviar o trajeto
Irá manter no projeto,
A luz de sua companhia
E a dôce locomotiva
Com a tração positiva
Entre nós estará viva ...
Grande pai da ferrovia !