Turista

[Verso 1: Nocas Infinito]

Precisas de umas lentes para veres o que andas a fazer
Fundo de garrafa e mesmo assim não te consegues entender
És turista sem mapa perdido na rua errada
Tira a tua roupa de marca pois ela vai ser queimada
Sonhas com diamantes nos dentes como vês na televisão
Cheia de gajas e notas para lhes bater no bujão
Enquanto rimas para a câmara com uma grande bezana
Acordas e viste que caíste abaixo da cama

[Verso 2: Berna]

Tínhamos que fazer uma para ti mestre das cerimónias
Que vive para as chavalas gala-as todas mas não come-as
No fim tem medo calo só tem na mão direita
Bates tantas em seco quando há espeto nem se endireita
A carapuça ajeita mas nunca a chega a enfiar
Até à beira dos ditos manos te conténs sem vacilar
Convém mostrar que és mesmo mau para completar os requisitos
Falta comprares um par de tilhas mais decentes

[Verso 3: Nocas Infinito]

Foda-se olha para a tua figura pareces saído de um circo
És artefacto do ridículo e nem te apercebes disso
Maior motivo para o meu riso que eu alguma vez já vi
Matéria-prima requintada para o Levanta-te e Ri
As tuas rimas são como estrume para cultivar a ignorância
Pões termo à tua vida em atentados à inteligência
Não há tolerância os meus ouvidos não estão para te aturar
Os gajos que te dão props atrás de ti estão-te a gozar

[Verso 4: Berna]

Se realmente és tu não duras muito tempo
Brinca com o fogo ainda te queima depois o cu lá dentro
És o exemplo de um produto pré-fabricado
Como barro moldado pelo retransmissor das ideias fáceis
De consumo obrigatório
Sempre que ouço o teu sonoro
Chamo o gregório
Pões-me depressivo, desiludido por saber
Que o lado bom do nosso som no teu bairro vai morrer

[Refrão: LCR]

Ouro nos dentes
Carros potentes
Putas diferentes sempre diariamente
Amor não sentes a ti próprio mentes
Até colares no espelho e descobrires quem está em frente
Ouro nos dentes
Carros potentes
Putas diferentes sempre diariamente
Amor não sentes a ti próprio mentes
Até colares no espelho e descobrires quem está em frente

[Verso 5: Nocas Infinito]

Como é que tu não vês que os teus versos são nojentos
Acho que apanhaste uma overdose do cinquenta cêntimos
No concerto estás tão cego só tu é que estás a curtir
Vê se arranjas uma stripper para o pessoal aplaudir
Continua não desistas porque turistas há muitos
Vai ao McDonalds ainda te pedem para fazeres uns anúncios
Gajos com cabeça oca é o que se procura nesta indústria
Com sorte fazes de rapper nos Morangos Com Açúcar

[Verso 6: Berna]

És mesmo tu mais pareces um barró
Com essa roupa tão pirosa ainda te enterram o cocó no chelindró
Até curtias ter lá estado
Vendias mais uns álbuns com sorte eras chinado
Isso é sado-masoquisimo não é realidade crua
Muitos putos roubam nela antes de brincar na rua
Vida fodida não é tua quem a escolheu
Não fui eu de certeza que isso tudo não é meu, meu

[Verso 7: Nocas Infinito]

Dizes que és um pimp com mil putas por metro quadrado
Mas à beira da tua namorada não passas de um pau mandado
És um puto assustado debaixo dessa cara de gangster
Vais dormir com a tua mãe sempre que vens de uma festa
Azeiteiro é a palavra que me ocorre quando te vejo
Na minha casa do hip-hop estás com ordem de despejo
Tens uma doença crónica aproveita e mete baixa
Ou então desiste já que não mandas uma para a caixa

[Verso 8: Berna]

Larga essa máscara antes que ela caia
Neste mar não tens lugar vais morrer mesmo na praia
Paleio não te falta talento também não
A seguir a um restauro como o mercado do Bolhão
Deixo o livro mais aberto que o bujão de uma sopeira
Sempre que há borrados LCR varre a feira
Acredito que somos diferentes mas
Para curtires isto podes crer que não precisas de ter

[Refrão: LCR] 2x

Ouro nos dentes
Carros potentes
Putas diferentes sempre diariamente
Amor não sentes a ti próprio mentes
Até colares no espelho e descobrires quem está em frente
Ouro nos dentes
Carros potentes
Putas diferentes sempre diariamente
Amor não sentes a ti próprio mentes
Até colares no espelho e descobrires quem está em frente

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